A linguagem do amor – Lola Salgado
Por Michele Saqui
Rebecca está indo para a sua tão sonhada faculdade de Letras longe dos avós, que a criaram desde pequena como se fossem seus próprios pais. O sonho de sua vida é manter seus passos bem longe dos da mãe, se formar e trabalhar numa grande editora.
Mas para que tudo isso se torne realidade ela é obrigada a enfrentar Adônis, um professor super carrasco que irá atormentar bastante esses planos.
Este livro é o perfeito exemplo de uma história com muito potencial mas que precisa ser bem lapidada. O livro contém muitas histórias paralelas e detalhes que deveriam ser descartados, pois não agregam muito a história principal e acabam deixando o livro meio cansativo.
Fora isso, baseado na minha visão ética, achei muito perturbador uma aluna de 17 anos se relacionando com um professor e isso sendo mostrado como algo normal e embora “proibido” meio que correto. Eu não acho isso nada correto, e digo isso sendo professora. É algo condenado em nossa sociedade, e acho que isso ser tratado como normal no livro é algo grave, pelo menos na minha opinião.
Não sou hipócrita de dizer que essas coisas não existem pois obviamente elas existem e existem muito, mas o fato delas existirem não as deixa mais aceitáveis. Não sei se consegui passar meu ponto de vista? Enfim, tentando resumir poderia ter acontecido como aconteceu mas não de forma que foi mostrado.
Exemplo do que quis dizer, os adultos envolvidos na história aqui representados pelos avós da protagonista apoiam esse relacionamento desde o início achando esse relacionamento professor/aluna super normal. Eu não acho que essa seria a reação inicial de um casal de idosos…enfim, ficou estranho.
Fato engraçado foi que pensei que o professor Adônis fosse um nome zueira por ele ser bonitão etc, só depois de muito tempo lendo eu fui sacar que era realmente o nome dele.
PS. Acabei de descobrir que há uma continuação da história que a autora lançou em forma de conto. Quem se interessar, aí vai o link: As pequenas coisas: um conto de A linguagem do amor
Rebecca is going to start her most wanted Languages College away from her grandparents, who raised her from a young age as if they were her own parents. The dream of her life is to keep her steps away from her mother, to graduate and work in a major Publishing house.
But for all of this to become reality she will be forced to face Adonis, a super disgusting teacher who will make those plans a lot harder.
This book is the perfect example of a story with a lot of potential but that needs to be nicely stoned. The book contains many parallel stories and details that should be discarded because they do not add much to the main story and end up making the book a bit tiresome.
Other than that, based on my ethical view, I find it very disturbing for a 17-year-old student to relate to a teacher and this being shown as normal and even being “forbidden” kind of right. I do not think that’s nice, and I say that as a teacher. It’s something condemned in our society, and I think that being treated as normal in the book is something serious, at least in my opinion.
I am not a hypocrite to say that these things do not exist because they obviously exist a lot, but the fact that they exist does not make them more acceptable. I do not know if I could pass my point of view? Anyway, trying to summarize what happened could have happened but not in a way that was shown.
As an example of what I meant, the adults involved in the story, here represented by the main characte’s grandparents, support this relationship from the beginning reacting to it as a super normal relationsship – teacher / student. I do not think this would be the initial reaction of an elderly couple … anyway, it’s weird for me.
Funny thing was that I thought that Professor Adonis was a joke for him to be handsome etc, only after a long time reading I realized it was really his name.
PS. I just end up knowing that the author released a sequel in a short story published this year. If you’re interested, here’s the link: As pequenas coisas: um conto de A linguagem do amor.
Posts recomendados
O ALIESNISTA – Machado de Assis
março 07, 2022
TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA – Lima Barreto
fevereiro 11, 2022
O dia em que você chegou – Nana Pauvolih
outubro 19, 2020