Outros jeitos de usar a boca & O que o sol faz com as flores – Rupi Kaur

Outros jeitos de usar a boca & O que o sol faz com as flores - Rupi Kaur

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Eu havia me distanciado da poesia fazia um certo tempo. Anos pra ser mais precisa, muitos anos. E quando você começa a fazer coisas por você, acaba voltando para tudo que fazia e amava e acabou parando por sei lá, ir com o fluxo.

É impressionante como a gente esquece de si mesmo, e quando se dá conta tá total infeliz porque não faz mais nada que alimente a alma. Não mais.

Voltei ao mundo da poesia para ler Rupi, indicação da Mi, que me emprestou os livros – edições bilíngues maravilhosas,  e eis que minha alma foi alimentada de uma forma tão potente que eu pude entender porque isso estava fazendo tanta falta.

Rupi nasceu na Índia mas imigrou para o Canadá aos 4 anos. Ela publicou seu primeiro livro, Outros jeitos de usar a boca, original Milk & Honey, quando está quase se formando na faculdade.

Esse livro então traz toda uma bagagem  da sua adolescência, e todos os temas de descoberta relacionados a ela. Ele é organizado em 4 capítulos denominados a dor, o amor, a ruptura, e a cura.

Rupi fala bastante de relacionamento, sentimentos, e desenvolvimento feminino (O feminismo está sempre marcando presença em ambos as suas obras).

E é fácil de se conectar com as poesias, pois afinal de contas quem nunca amou ou teve decepções amorosas? Acho que este, além do talento inegável de Rupi de tocar no fundo da sua alma com suas palavras, é um dos motivos principais para o livro ter se tornando um dos best sellers dos New York Times por mais de 1 ano.

Já em O que o sol faz com as flores, Rupi aborda assuntos mais adultos. A poesia é organizada em 5 capítulos que nos remetem as plantas (murchar, cair, enraizar, crescer, florescer).

Sentimos e amor serão novamente abordados aqui, porém os temas de destaque  são com certeza perda, traumas, imigração e feminismo.

Fiquei impressionadíssima com o poder das palavras que descreviam abusos contra o corpo feminino. Cheguei a ter arrepios lendo, e não conseguia para de pensar como Rupi conseguiu  retratar isso com tanta veracidade não tendo passado por tamanho ultrage na pele.

Também achei seu exercício de retratar os sentimentos de pessoas que mudam de país, cultura etc louvável. Ela reflete sobre os papéis da família e como eles se sentem em outro território. Foi engrandecedor poder entrar no sentimento de pessoas que demonstram tamanha coragem de recomeçar tudo de novo em lugares.

Se você é do tipo que também é tocado por palavras bem escolhidas e combinadas, você com certeza precisa ler as poesias de Rupi.

A cereja do bolo pra mim fica por conta das maravilhosas ilustrações da própria Rupi ao longo do livro. Algo que engrandece ainda mais sua experiência sensorial.

Com certeza lerei tudo que ela publicar de agora em diante.

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I had distanced myself from poetry a while ago. Years to be precise, many years. And when you start doing things for yourself, you end up going back to everything you did and loved and eventually stopped, just to go with the flow.

It’s amazing how we forget about ourselves, and when you realize you’re totally unhappy because you don’t do anything else to feed your soul. Not anymore.

I returned to the world of poetry to read Rupi, an indication from Mi, who lent me the books – wonderful bilingual editions, and my soul was fed so powerfully that I could understand why I was missing that in my life.

Rupi was born in India but immigrated to Canada at age 4. She published her first book, Milk & Honey, when she was about to graduate from college.

This book then brings a whole baggage of her teens, and all the discovery themes related to it. It is organized into 4 chapters called pain, love, rupture, and healing.

Rupi talks a lot about relationship, feelings, and feminine development (Feminism is always present in both of her works).

And it’s easy to connect with poetry, because after all who never loved or had love disappointments? I believe this, in addition to Rupi’s undeniable talent for touching deep in our soul with her words, is one of the main reasons the book has become one of the New York Times bestsellers for over a year.

Now in The Sun And Her Flowers, Rupi addresses more adult subjects. Poetry is organized into 5 chapters that refer initially to plants (wilting, falling, rooting, rising, and blooming).
Feelings and love will be addressed again here, but the main themes are certainly loss, trauma, immigration and feminism – always.

I was very impressed with the power of the words that described abuse against the female body. I got goose bumps reading, and I couldn’t stop wondering how Rupi could portray it so truthfully not having gone through such an ultrage.

I also thought that the exercise to portray the feelings of people who change country, culture etc. really nice. She reflects on family roles and how they feel in other territory. It was amazing to be able to get into the feelings of people who show such courage to start all over again in different places.

If you are the type who is also touched by well-chosen and combined words, you surely need to read Rupi’s poems.

The icing on the cake is Rupi’s wonderful illustrations throughout the book. Something that further enhances your sensory experience.

I will definitely read everything she publishes from now on.

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