03/12/06…a primeira vez…

Comentei a respeito desse livro pena enésima vez com a Sue. Sabe, quando o Marcelo Paiva escreveu isso era apenas um jovem, devia ter a minha idade, porém, que cabeça meu Deus. Se todos os homens do mundo pensassem como ele…Acho que realmente deveríamos dar mais valor a essas coisas. Hoje em dia o sentimento está tão banalizado q nem eu mesma sei mais se acredito que alguém ainda faça amor nesse  mundo. Porém, como romântica incorrigível que sou ainda acredito em milagres. A vida é feita de ciclos. Espero que essa moda ainda volte.
"A primeira vez de uma mulher é muito importante. Tem a relação dor e prazer. Só com um cara que ela gosta pacas, e no qual tenha uma tremenda confiança, porderá ficar à votade. É um momento forte de libertação, um rompimento com os dogmas ensinados pela sociedade, desvinculação com a família, com a Igreja, que nós homens nem imaginamos como é duro. Também nem daria pra imaginar. De nós, homens, ao contrário das mulheres, sempre foi exigida uma potência sexual.
(…)
A mulher sempre aprendeu, desde a infância, que ter prazer e fazer sexo era um atributo das prostitutas, e que homem que se preza gosta mesmo é de casar com uma virgenzinha limpa. Deixar penetrar ou não aquele negócio duro dentro de seu corpo passa a ser uma opção entre ser uma vagabunda ou uma menina.
A mulher tem o dom de ser bem mais sensível, pra perceber qe ela não é simplesmente um burac, mas gente, e que tem cabeça também. É duro pruma mulher estar sem roupa e ter em cima de si um corpo que sempre foi proibido, e tentar associar aquela dor com o tal prazer do qual suas colegas sempre lhes falavam.
fora o papo que, por um descuido, ela fica grávida, o que pro homem não faz a menor diferença.
Não era simplesmente ali, naquela barraca escura, desconfrotável, que a Marina passaria um dos dias mais importantes de sua vida. E ela concordava."
 
Daí olha só o que ele fala depois que aconteceu finaly a primeira vez:
"Foi lindo. Ou melhor: foi maravilhoso. Nunca tinha-me sentido assim em toda a minha vida, a metade de um compromisso. Eu estava nu com a pessoa que mais me conhecia naquele momento, e com quem mais eu era sincero, verdadeiro.
Ela me protegia, e ao mesmo tempo me dava forças pra ser mais eu. Minha cabeça cheia de dúvidas existencialistas tinha sido jogada no mar em Ubatuba Era um novo Marcelo que estava nascendo, um Marcelo mais homem e mais seguro de si, por saber que foi capaz de ser amado por alguém e…
-Também te amo – consegui dizer a ela, sem engasgar. Sincero"
 
Como diria o sábio Tom Jobim: "Sabe o que é melhor que ser bandalho ou galinha? Amar. O amor é a verdadeira sacanagem."
 
 
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Observações

  1. Nossa Mie.. quando leio isso só penso uma coisa: será que existe mesmo alguém asssim???Meu jeito desconfiado, e pessimista não permite acreditar. Mas tem uma coisa ai nessas palavras nas quais ainda acredito: respeito. E é o mínimo que eu espero das pessoas hoje. Gostei do jeito com que ele lembrou com respeito e carinho de um amor que já não existe mais, porque o amor, sim, ele acaba um dia. E o que fica, é a memória, que reserva outros sentimentos. Adorei.. fiquei com mais vontade de ler esse livro! Bjus

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