A little bit more MI

Terça-feira quando saí de casa para ir ao Alergologista,eu andando pelas quadras e quadras em que parei longe do prédio fui pensando…que saudade de seu eu mesma! De ser Michele. De andar de saia, chinelo, mochila, sem maquiagem e sempre com protetor solar. Toda melecada, mas de certa forma cheirosa. Cansada, mas feliz. Insatisfeita, mas cheia de energia para tentar, continuar, lutar. Cheia de sonhos, cheia de ideais. Cheia de planos. Aquela pessoa que tinha dor de cabeça uma vez por ano, que criava um exercício por dia, que lia e relia Harry Potter e mais uns 3 livros ao mesmo tempo. Aquela teimosa com um certo charme. Saudável na medida certa, junk na medida certa, fitness na medida certa. Que saudade de andar de bicicleta, a minha caloi de alumínio. Que saudade de ser Michele. De falar o que penso sem medo de represálias, de ouvir o que não gosto sim (sempre foi assim), mas de amigos e enfim, que saudade de poder ser eu mesma no ambiente em que estivesse, de não ter que fingir ou calar, de não ter que presenciar coisas que eu desaprovo e não poder opinar…ai ai…

Eu sinto muita falta de poder ser do jeito que sou, e não do jeito que devo ser porque a situação pede.

Acho que no meio de tudo isso eu ando me perdendo. Perdendo a essência da verdadeira Michele. Ela tá lá escondida, bem escondida no fundo do meu âmago, porém a coitada tá tão enjaulada que não consegue mais sair.

Por que?

Por que não posso amar intensamente? Por que não posso sentir intensamente? Ser Michele é ser intensa. É doação, é sentimento, é vida.

Devo saber a resposta, mas não quero acreditar nela. Creio ser a vida adulta.

OK OK, vocês devem estar me achando meio doida. Uma pessoa de 30 anos falando em vida adulta é meio bizarro, porque veja bem, eu já sou adulta faz muito tempo. MAs sei lá…espero que alguém entenda o que eu estou falando. Essa vida é feita de muitas obrigações, e pouco amor e momentos felizes e momentos reflexivos. Você não tem mais tempo de parar para refletir, conversar, se divertir com quem você ama. Seus amigos vão ficando cada vez mais distantes, e você não consegue ter mais tantos momentos agradáveis ao lado deles quanto tinha antigamente.

Você também se desilude um pouco com tudo, com a sociedade (que não, você não vai conseguir mudar sozinho), e enfim, é meio traumático tentar se ajustar ao mundo cruel e real. PS. Sou mto mais fã da Neverland…se ela existisse eu total me candidataria a ir morar lá.

Agora, I shall go back to reality and go to work because my lunch is in the end.

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